A mudança generativa e o coaching generativo na educação e liderança consciente
Se começaste a ler este texto, talvez seja por teres em ti, uma parte curiosa e isso tende a ser sinónimo de criatividade, que por sua vez é, habitualmente, sinónimo de mudança generativa – seja no âmbito da educação, seja na liderança consciente.
As duas grandes áreas que me apaixonam, no meu trabalho com o Coaching Generativo, a Consultoria Generativa, o Success Factor Modeling (SFM) e a Programação NeuroLinguística (PNL) são precisamente, a educação (parentalidade) e a liderança consciente. Seja em contexto tradicional de família, seja em empresas e organizações, o foco tem estado na holonarquia.
Sim, seria mais fácil falar ou praticar ambas as paixões de forma tradicional, recorrendo a hierarquias, regras, castigos, murros na mesa, impondo medo, culpa…. Só que o que quero ver no mundo não compactua com esses comportamentos. E já sabemos que comportamento gera comportamento. De uma forma ou de outra, vai haver momentos em que a vida exige mudanças e essas impõem que ajas a partir da tua coragem, para além do medo. Não vais perder nada, pelo contrário. Vais alcançar resultados nunca antes experimentados. Estou contigo!
Neste vídeo, revelo-te a importância da mudança generativa e como é que a coloco em prática nos vários contextos:
É interessante perceber que a palavra “liderar” emerge do inglês antigo ‘lithan’, que significa “ir”. Segundo o dicionário Merriam-Webster, liderança significa “orientar um caminho”. É o“ir primeiro” e influenciar os outros pelo exemplo. Afinal, o que faz também uma mãe, um pai, um professor?
E por isso, falar de liderança é incontornavelmente falar de pessoas, de gestão de equipas, famílias, de motivação, de criatividade, de construção de ambientes positivos. Já falar de liderança consciente é sinónimo de falar de educação, de Parentalidade com PNL & Generativa. Ou seja, não se trata de ser perfeito, mas sim autêntico e ciente. Até porque estamos sempre a ser modelados. É falar de mudança generativa. A trabalhar há nove anos na área do desenvolvimento pessoal, sobretudo pelo prisma da Programação NeuroLinguística (PNL), tenho vindo a estudar e a cruzar perfis daqueles a quem acompanho (em vários países), seja em contexto de formação, palestras ou consultoria. As minhas investigações sugerem que a maior parte destes líderes conscientes receberam uma educação com foco no ser, em vez do ter. Ou seja, uma educação muito distinta da tradicional, onde o individuo só é reconhecido quando alcança algo, algum objectivo.
A educação e a liderança assentam em reconhecimento e inteligência emocional
E volto precisamente a colocar o foco no reconhecimento. Um líder consciente, em criança, foi legitimado pelas figuras de referência, enquanto ser único que é. E isso, permitiu que se revelasse uma pessoa empática, autêntica e responsável. Porquê? Porque não procura aprovação externa permanente. A sua auto-estima subsiste saudável e mesmo um feedback que encerre potencial destrutivo, é encarado como uma oportunidade de crescimento. Até porque, este líder também sabe que o seu sucesso é o sucesso da sua equipa, onde a equação é a de um mais um, são três, quatro… coloca em prática a Inteligência Colectiva. Cria vínculos e afectos. Existe cooperação natural. A inteligência emocional é rainha. O que significa que acredita que temos todos a capacidade de interpretar as nossas emoções e estados de ânimo, assim como somos capazes de os regular e controlar, ao acolhermos, integrarmos e transcendermos as emoções mais desafiantes (que mais não são do que auto-feedback, sobre o caminho percorrido e o que ainda falta desbravar). Este líder sabe que todas as pessoas têm algo a contribuir e que merecem fazê-lo, em igual valor e dignidade. E assim, cria um espaço onde todos podem exprimir livremente opiniões, emoções, necessidades, desejos. E claro, tem bem definidas as suas intenções.
O coaching generativo em auxílio da comunicação autêntica
Outro factor de diferenciação é o de que esta liderança tem sempre em consideração o que estão a comunicar e sobretudo, como o fazem e aqui o coaching generativo é um precioso aliado. É o adeus às crenças limitadoras herdadas. Na verdade, este líder escolheu desaprender muitos conceitos que não correspondem à sua verdade e sair assim de um “rebanho” desenhado intencionalmente para condicionar toda uma sociedade. Tal e qual acontece numa família consciente, onde cada elemento investiga quais são na realidade as suas crenças e valores próprios. Acção que conduz a agir em congruência. Um líder consciente sabe que os que o rodeiam não são o seu comportamento e que esse é sempre o melhor que cada um pode ter a cada momento (pressupostos base da PNL). Assim como tem presente que por trás de cada comportamento existe uma intenção positiva e que essa, deve ser ponderada. Além de que, perante comportamentos desadequados, há certamente uma necessidade por preencher. Logo, é de lupa em riste, acedendo à sua curiosidade que o líder age. A flexibilidade assume lugar de destaque. O que serve hoje, pode não ser o mesmo que é necessário amanhã para que o barco continue a navegar até bom porto. Ele sabe que mais importante que conhecer o destino final, é ter consciência da direcção, num mundo dinâmico, de infinitas possibilidades e muitas vezes hostil. Deixar um legado no Planeta é o que o move. Exemplo disso foi Steve Jobs. O mentor da Apple dizia, do alto da sua (controversa) genuinidade, que “ser o mais rico do cemitério não é o mais importante para mim. Ir para a cama à noite e pensar que foi feito algo grandioso, isso sim, é o que me mais importa.”
Substitui hierarquia por holonarquia
Uma liderança consciente, caminha tal e qual como uma família, assente na proposta educacional da Parentalidade com PNL & Generativa. No Practitioner de PNL, que assino com a NLP University (University California SC), exploramos todos os passos para lá chegarmos com profissionalismo e autenticidade. Opta por deixar as hierarquias para os militares, aposta na holonarquia. Este é um conceito já em prática, com muito sucesso, nas mais prestigiadas empresas de Silicon Valley. Explicado por outras palavras: Um holón é algo que é simultaneamente em si próprio inteiro ao mesmo tempo que é parte de um todo, assim como um átomo é completo e parte de uma molécula. Uma molécula também é um holón, em si completa e parte de uma célula. E uma célula é, em si inteira, parte de um tecido. Este tecido é um holón, em si completo e parte de um órgão. Um órgão é, em si completo e parte de um organismo, até ao infinito. E também o homem é parte de uma família, que é em si, parte de uma tribo ou sociedade que por sua vez, é parte de um país ou nação, inserido num planeta que é parte de um Sistema Solar, numa Galáxia. Falamos de sistemas e subsistemas. Gosto de ilustrar a holonarquia com o conceito do poeta sufi, Rumi, “não sou uma gota no oceano, sou todo o oceano numa gota.” Assim, um líder, quanto mais consciente for, mais facilmente cria múltiplos resultados de ‘win-win’.
Questões poderosas na mudança generativa, na educação e liderança
Porque estes líderes conhecem o seu propósito – que tal como Aristóteles definia era “onde as necessidades do mundo e os teus talentos se cruzam” – e o poder da contribuição, colocam (a si mesmos) questões poderosas:
- “Como quero que os meus colaboradores, família e sociedade me recordem?”
- “Qual o impacto positivo, a impressão digital, que quero deixar no mundo?”
- “Como e onde coloco os meus limites pessoais, profissionais, em família, comunidade, no país, no continente, no Planeta…?
Todas estas práticas conscientes assentam em amor. Amor próprio e amor ao próximo. É assim que trabalhamos na Conscious Systems é assim que funcionam as organizações e famílias generativas. Experimenta e espera o melhor. Sim, tu consegues. É possível.
Ter presente que as nossas crianças estão aqui para nos ensinar, também acredito ser um princípio muito interessante na perspetiva da educação e liderança. Uma crença em que assenta parte do trabalho da Parentalidade com PNL & Generativa e que me reconheceu com o 2019 NLP International Awards, na categoria de educação.
Agora, que já conheces os principais ingredientes desta educação e liderança – base da mudança generativa – de 0 a 10, como e onde sentes a tua liderança consciente?